Os três F's que ninguém fala a respeito!

Finanças, fotos e food :D


Primeiro "F" - Finanças:
     Isso é mais um desabafo, mas espero ajudar muuita gente a não passar pelo perrengue que eu passei.
     O primeiro F, é bem simples, mas não tanto quanto o pessoal pensa. Se resume a uma palavra: ANOTAÇÃO.
     Parece besteira, mas não é. Demorei cerca de duas semanas pra realmente ter um controle financeiro correto, anotando cada coisa que gasto, para fazer uma média de cada local e de cada ramo de gasto (hospedagem, comida, transportes, tours, extras). No começo eu era aquele que dizia "quando chegar no hostel eu anoto isso e aquilo... amanhã anoto os dois", e nem preciso dizer que você com certeza irá esquecer ou anotar uma coisinha ou outra errada não é?
     O segredo é ter sempre em mãos aqueles caderninhos bem pequenos, de preferência com data, e anotar cada gasto, por menor que pareça, o mais rápido possível. O resultado disso é que você saberá se está gastando mais em determinado lugar, além de ter controle se perdeu ou não algum dinheiro, e de quantos dias em média poderá continuar naquele lugar!
     Claro que anotação não valerá de nada se cada noite ou cada manhã conferir suas finanças se estão batendo! Antes de começar a anotar corretamente, tinha dia que 'sumia' 50 bolivianos, outros 'apareciam' 10 e assim por diante.
     Uma anotação correta pode ser um pouco enjoadinho no começo, mas ficará bem mais fácil no decorrer da viagem. E a tranquilidade aumentará exponencialmente!

Segundo "F" - Fotos:
      Logo que cheguei no Wild Rover em La Paz, me deparei com um israelense chorando de soluçar no saguão de entrada. Acabei por ir fazer amizade e perguntar o problema: ele havia perdido o celular. Achei meio que exagerado, por mais caro que fosse o celular, mas acaba que fiquei sabendo o real problema: três meses de fotos, de mais de 7 países, se perderam. Quase que eu comecei a chorar também. Dias depois me deparei com um brasileiro que roubaram o celular e ele teve o mesmo problema. Então segue a dica principal: NUNCA ARMAZENE SUAS FOTOS EM APENAS UM LUGAR.
     Quem acompanha meu blog sabe que perdi meu celular no primeiro dia de viagem. E hoje eu até agradeço isso, pois eu ia tranquilamente armazenar todas as minhas fotos só nele. Perdi apenas meio dia de foto, nada mal né? Mas se tivesse perdido depois de uma semana ou um mês, a coisa mudaria de figura.
     Hoje eu tenho o seguinte aparato tecnológico: Um laptop, uma gopro, uma camêra semipro e um ipod. E um pen drive.
     O segredo é sempre possuir cópias de suas fotos em 1 ou mais pen drives, em lugares diferentes da bagagem. E se você possuir apenas câmera normal, pode sempre tentar fazer um upload para internet sempre que possível, pois a quantidade de fotos será razoável para isso. Se você tem uma gopro, assim como eu, eu deixo mais uma dica (que aprendi da pior maneira): SEMPRE DELETE AS FOTOS INÚTEIS O MAIS RÁPIDO POSSÍVEL!
     Quando decidi fazer backup das fotos da gopro, percebi que eu tinha uns 25 gigas de foto. Porquê? Por que a gopro tira uma foto a cada segundo, ou a cada meio segundo por exemplo. Então uma selfie simples no Salar são aproximadamente 40 fotos até achar a melhor. E eu sempre falava que ia deletar as outras 39 depois. Resultado? Fiquei mais de 2 dias INTEIROS deletando e escolhendo fotos.
     Então fica a dica!

Terceiro "F" - Food:
     Quando você fala que vem pra Bolívia, escuta sempre os mesmos conselhos: CUIDADO COM DROGA! E com a comida. Aqui vou falar apenas da comida.
     Me chamaram de 'estômago de avestruz', porquê eu como de tudo, e do mais sujo, e nunca passei mal aqui na Bolívia. Mas eu tenho uma razão simples para isso: Jejum. Eu como duas vezes por dia. Uma eu me empanturro no café da manhã dos hostels, a outra eu janto no mercado, e as vezes como uma sobremesa de sorvete, que é literalmente moldado a mão. Fora as frutas da sobremesa que também são cortadas com a mesma mão que recebeu meu dinheiro, e aposto muito que elas não são propriamente lavadas.
     Mas o jejum faz um bem danado pra digestão,claro que não faz milagre.Você vai ficar de uma maneira meio diferenciada aqui na Bolívia (quote de um brasileiro que conheci: "Ostentação na Bolívia é cagar sólido". Meio que é verdade) . não atrapalha em nada sua viagem.
     E se engana quem pensa que restaurantes mais caros a comida é melhor. Um episódio que aconteceu comigo aqui quando fui em um restaurante 'chiquezinho' (para os padrões mochileiros) foi bem cômico. O prato chegou. Bem bonito. Uma coxa de frango bem gorda, arroz e batatas. Mas antes deu comer, o garçom pegou minha coxa de frango com a mão e foi lá para dentro. Passou uns 3 minutos ele volta com ela na mão, fala algo em espanhol que eu não entendo, e coloca de volta no prato. E eu comi. E tava bem gostoso!
     Para resumir: Se você tem estômago fraco ou problemas constantes de digestão, evite comer de poucas em poucas horas. De um tempo maior para seu corpo processar completamente a comida e matar as zilhões de bactérias que você comeu. Ou então apele para enlatados e guloseimas. Também serve.
Salada de fruta/sorvete/gelatina/chantilly moldado a mão, por incríveis 10 bolivianos (~5 reais)

Um dos restaurantes 'carinhos' que comi (uns 22 bolivianos... haha)


Inspiração de medo

Eu nem dormi anoite com tanta ansiedade pro Huyana hoje cedo!
Não tinha oque fazer saiu isso daí hahah!
Quando estiverem lendo isso, eu provavelmente vou estar
no Huyana ou pelo menos a caminho dele, e voltarei em 3 dias!
Fiquem ligado pro meu review do passeio!
Agora fique com minha obra prima: hahahah


Aquele mochileiro da Bolívia

O mochileiro
Aquele
Que compartilha o banheiro
Aquele
Que vive contando dinheiro

Se perde no Salar
Até O luar,
As estrelas mostrar

O Huyana ele conquista
em busca da perfeita vista
onde não chega um simples turista

Isla do Sol e sua trilha
Inexplicável maravilha
Naquela exótica ilha

Tome vacina de febre-amarela
Mas coma com cautela
Senão pega salmonela

E não conte com a sorte
De Pachamama peça suporte
Para cada estrada da morte

Potosí e suas minas
Tiwanacu e suas ruínas
E na mochilha uma Traquinas

Daquele mochileiro
que compartilha o banheiro
Aquele
Que vive contando dinheiro

Mas também aquele
que viaja o mundo inteiro

Top 3 O que não fazer na Bolívia

  Já imaginam qual será meu Top 1 né? Mas vamos começar pelo terceiro!

  TOP 3 Não fazer na Bolívia:   Valle de la Luna.

   O Vale de la Luna é um conjunto de formações rochosas que não se assemelham em nada com a lua. Mas chama assim. Apesar que dizem que o nome foi dado por Neil Armstrong, o manolinho que pisou na lua. Então quem sou eu pra falar que não parece com a lua né?
   O primeiro motivo que não gostei foi.. pedras. Você vai ficar 40 minutos andando por umas pontezinhas de madeira construída para turistas, com direito a vendinhas e banheiros pagos no decorrer da trilha.
   Claro que como todo e qualquer passeio, depende muito de gosto. Fui com um brasileiro que está viajando pelo mundo a nada mais nada menos que 450 dias, já viu MUITAS coisas, e achou o lugar muito interessante. Então fica por sua escolha, mas eu deixo minha opinião: Bem tosquinho.
   O problema é que ele é feito em conjunto com o Chakaltaya, e caso queira fazer separado terá o incrível desconto de 10 bolivianos! Então você provavelmente vai acabar fazendo. E tirando suas próprias conclusões!

Pedras!

Mais pedras!

Eu com pedras!


  TOP 2 Não fazer na Bolívia:    Tiwanacu

   Não me entendam mal, eu acho ruínas muito interessante, O passeio que mais estou esperando é Machu Picchu, e achei as ruínas da Isla del Sol bem interessantes. O problema é quando o guia começa a falar.
   Acontece que tudo o que você está vendo na pirâmide principal do complexo arqueológico não é original. Isso mesmo. A igreja destruiu as ruínas alguns séculos atrás para usar as pedras para construir igrejas (a igreja de São Francisco em La Paz possui algumas pedras), e os arqueólogos encontraram algumas pedras soltas no lugar e remontaram a pirâmide. E nem sabem se fizeram certo. Provavelmente não, pois como o guia fala, a porta do sol era para alinhar com o solstício, e no local que está não se alinha.
   Outra parte do passeio é um museu com várias peças da cultura Tiwanacu, e acaba que também não são originais (salvo por uma múmia, que é bem interessante).
   Mais outra parte do passeio, você não vê nada. Porque está tudo enterrado e o governo não tem orçamento para escavar a pirâmide. Legal né?
   A única parte legal do passeio, é um templo descoberto relativamente a pouco tempo, em que o câncer do mundo (religião) ainda não teve tempo de colocar a mão; O templo subterrâneo com faces esculpidas na parede. Ah, algumas faces estão destruídas devido a arqueólogos mal treinados. Mas ainda é interessante, mas não vale os 180 bolivianos e o dia perdido para isso.
    E no final ainda param em um restaurante no meio do nada, onde ficam uma hora e meia e acabam que 'obrigam' vocês a comer lá (não tem refeições inclusas) e o preço é bem salgadinho.
   Uma dica que deixo, é que no dia anterior fiquei quase uma hora conversando com outro guia sobre Tiwanacu, e as lendas são BEM interessantes. Futuramente postarei algumas curiosidades aqui no blog, que vão desde a cirurgia cerebrais em bebês, até como os shamans eram escolhidos.

Começo!

Parte legal!


  TOP 1 Não fazer na Bolívia;   Minas de Potosí

   Eu não consigo expressar meu sentimento de perplexidade de como aquele passeio ainda é oferecido a turistas.
   Nesse passeio, há algumas atividades que eu creio não serem indicadas para um simples grupo de turistas. Selfie com uma dinamite acesa, presenciar explosões de dinamites dentro do túnel, descer vários metros por uma corda sem nenhuma segurança, onde se você escorregar ou não aguentar seu peso a queda e grande, passar por túneis verticais tão finos que você não passa com sua mochila, ar rarefeito e bem poluído, e isso tudo regado a visões de trabalho praticamente escravo de jovens acima de 13, 14 anos até idosos com mais de 60, tornam o passeio levemente desagradável.
   Não posso esquecer do simples fato que um carrinho levando minérios de mais de duas toneladas descarrilhou e deixou agente preso na mina por uns 40 minutos. 5 pessoas para levantar um carrinho desse peso e recolocar no trilho é um trabalho bem penoso. Foi duro presenciar o esforço herculano desses 4 trabalhadores mais o nosso guia ao tentar fazer uma alavanca com um pedaço do trilho para levantar o carrinho e botar de volta no trilho.
   Até hoje eu ainda não acreditei que passei por aquilo. Mas pode ser que peguei um guia meio doido. Ouvi falar de pessoas que fizeram o passei apenas por caminhos onde tem trilho, e apesar de desconfortável, pelo menos não foi perigoso.
   Mas eu não recomendo.




15/03 Isla del sol/Copacabana/La Paz

    Acordamos bem cedo, pois sabíamos que o barco era teoricamente as 8 da manhã, e fomos direto ao restaurante com belo visual e wifi que já conhecíamos (e devíamos 4 bolivianos). Tomamos um café da manhã bem interessante e não muito caro, com direito a paes, geleias, iogurte com cereais, café e chá. E lá descobrimos que o restaurante tinha um barco que ia para Copacabana, mas que saía do porto de trás, e era mais rápido pelo fato de ser menor. Compramos ali mesmo a passagem, e alguns minutos depois, começamos a mini-trilha até o porto.
   Cerca de 20 minutos de caminhada, chegamos num barco exatamente igual ao nosso, com a diferença de parecer bem mais lento. Mas tudo bem. Agente já tinha pago mesmo. E assim fizemos a viagem um pouco mais curta, visto que estávamos saindo do lado Sul da ilha.
Mini-trekking pro barco
   Chegamos em Copacabana só para pegar nossa mochila no hostel e ir em direção aos ônibus, que também demos sorte de pegar um logo que chegamos. Viagem como de costume, tirando que o ônibus era um pouco mais apertado e pinga-pinga com força! Único problema também foi a chegada em El Alto, que foi meio que na hora de rush, e ficamos mais de hora pra depois o motorista desviar de caminho e deixar agente em um lugar desconhecido, mas conseguimos pegar um taxi pro wild rover de boa.
    Demos sorte mais uma vez de achar disponível quarto com apenas 4 camas, e bem distante de todo o barulho do hostel, o que nos proporcionou uma noite de sono bem agradável.
    Mas antes fui no mercado comer meu x-morte e minha sobremesa de sorvete moldada a mão (ela foi literalmente moldada a mão) e acompanhar a luly em um fast food de pizza bem interessante que tem aqui em La Paz.
    Enfim, dia sem grandes acontecimentos.

14/03 Isla del Sol (Trekking trilha inca)



   Acordamos bem animados com a ideia de ir conhecer a famosa Isla Del Sol. O hostel não tinha café, e acabamos por parar em um lugar só pra um chá de coca e ir para o barco já.
   Como de bom costume, os meus meios de transportes são sempre visivelmente inferiores aos que estão saindo exatamente ao lado do meu. E o barco não foi diferente. Mas não era de todo ruim. Só que é bem devagarzinho, e tivemos a ideia de ir para o andar superior para ver a paisagem e descobrimos que o frio é muito! Mas ainda continuamos lá por um bom tempo, vendo a paisagem magnífica que é o lago Titikaka.
2 andar do barquinho

   Passado algumas horas ele parou em um ponto da ilha apenas para deixar alguns suprimentos e para alguns nativos descerem (destaque para um com a calça do grêmio!), e continuou por mais uma hora mais ou menos até a parte norte da ilha, onde iríamos parar para começar nosso trekking para direção sul, onde iríamos durmir.    
   Finalmente chegou e logo que descemos compramos alguns suprimentos (granola, igourte e chocolate) e comemos um sanduba bem gostoso com um suco melhor ainda para nos prepararmos para o trekking de 3 horas! (3 horas né....)
   Fomos andando até onde acreditávamos ser o início do trekking, e demos de cara com uma praia cheia de barracas de mochileiros  e um visual incrível, e também com um senhor bem danadinho querendo cobrar 15bolivianos nosso por absolutamente nada... Mas fora isso chegamos ao começo do trekking. (onde você realmente deve pagar os 15 bols para adentrar a trilha inca)
  Andamos por uns 30 minutos quando demos de cara com uma bifurcação. Fizemos o que nunca se deve se fazer nesse país: acreditar que os nativos possuem algum senso de respeito e educação. E perguntamos a direção da trilha para uma menina, que nem preciso dizer nos indicou o caminho exatamente oposto (isso é comum na Bolívia. Nativos vão dar informação errada propositalmente).
bifurcação

  Por esse motivo, chegamos a uma parte deserta da ilha, com um visual incrível, e acabou por valer apena perder cerca de 2 horas nessa área onde normalmente ninguém vai. Até foto pelado foi possível!
pedaço da trilha pro lado errado... até que valeu a pena!

Visual de quem errou a trilha!

  Voltamos depois para a trilha correta, para o COMEÇO dela, e já relativamente cansados de tanto andar pelo caminho errado.
   Essa trilha deve ter alguns worm-holes no caminho que distorcem a dimensão e fazem você subir 10x mais que descer e parar na mesma altura do começo. A trilha é bem cansativa, até mesmo no começo onde tem as ruínas e a mesa de sacrifício, que são bem legais por sinal.
   Andamos, E andamos, E descansamos algumas vezes, com direito a selfie com ovelhas e uma pedinte chola que se materializou no meio do nada e ficou pedindo esmola em um idioma irreconhecível, e até fingir choro pra receber grana. Dei 1 boliviano. Porque sou bonzinho.

   Lago que se perde de vista, muito verde, agua cristalina nas praias vistas de longe, isso tudo cercado por cadeias de montanhas cobertas de neve. Ou seja, visual perfeito.
   Depois de o que eu achei que seria 3 horas de caminhada, eu avisto uma placa. E na placa diz que estamos em um terço do caminho. Desespero era mato. Mas com força de vontade e ajuda de Pachamama acabou que foi mais tranquilo até o final da trilha. (Teve mais dois 'pedágios' no decorrer da trilha, de 10 e 10 bols)
   Fiquei bem emocionado quando vi a placa que chegamos ao lado sul da ilha. Andamos uns 20 passos quando uma guria bem novinha pergunta se agente quer hostel, e nos indica um por 30bs por pessoa com banheiro e agua quente também! Já pegamos e descansamos porque as pernas tavam tensas! Cochilamos mais do que gostaríamos e acordamos já em tempo de jantar, onde avistamos alguns restaurantes na 'rua' do nosso hostel, e vimos uma placa bem chamativa: WIFI,
Quarto so nosso por 60 bolivianos!

   Fomos lá mesmo. E a comida era boa, e não era muito caro, e a vista era excelente, e a wifi é paga a cada 30 minutos (e 30 minutos mesmo, no minuto 31 o celular desconectou sozinho!)
Restaurante da wifi de 30 minutos

   Trekking nota mil, restaurante e hostel também, e o cansaço estava forte. Ou seja, foi uma noite bem boa.
   Exceto por um burro. O infeliz ficava na frente da janela urrando a noite inteira, Mas de resto foi legal.
Burro broder que nao calava a boca

13/03 Copacabana

    Levantamos, tomei meu café monstro de costume, e pegamos um taxi rumo a parada de ônibus pra conseguir ir para Copacabana. Acho que nem se agente tivesse planejado MUITO, o horário seria tão perfeito. Agente mal desceu do taxi, veio um cara oferecendo passagem para Copacabana, e logo que guardamos a mala e entramos, o ônibus partiu.    Devo dizer que a Luly deu meio que azar na primeira noite no Wild Rover. O pessoal fez beem mais barulho do que de costume, e foi bem complicado durmir. Mas chega uma hora que agente dorme!
   Ônibus bem apertadinho como de costume, mas apesar de ser na Bolívia, a estrada até que não era muito perigosa. Único detalhe foi um estrondo que ouvimos em determinado momento, e olhei pela janela e vi algo que parecia um pedaço de roda rolando estrada a frente. Já estava achando que era pneu, mas acabou que foi um motor que estavam carregando no bagageiro que se soltou e saiu rolando e quicando alguns bons metros... Pobre de quem esperava esse motor!
   Em certa altura da viagem, o motorista do busão fala algo em espanhol, e uma galera começa a descer do ônibus e ir andando para o que parecia um porto ao lado... mas eu e Lully estávamos com medo da nossa mala e acabamos ficando. E até que demos sorte.
   Para ir pra Copacabana, o ônibus passa em uma balsa bem tosca, que é do tamanho exato do busão e impulsionada por um incrível motor de canoa 15hp, fora o estado do chão da balsa lamentável e cheio de buracos.
   Descobrimos que os passageiros possuiam um barco próprio e mais rápido, mas nós fomos por dentro do ônibus e nem pagamos a taxa que tem que pagar para se pegar o barco! Tirando o fato que tive que ajudar uma chola e uma galerinha a colocar algo MUITO PESADO emcima do ônbius, foi tudo bem tranquilo na ida.
Balsa Busão!

   Atravessamos essa parte do lago Titikaka e andamos por mais uma hora mais ou menos, até que enfim chegamos em Copacabana.
   A cidade parecia deserta. Nada como eu imaginava. E me surpreendeu mais ainda quando achamos um quarto privado com banheiro por apenas 30bs por pessoa! Com chuveiro quente ainda! Fizemos check-in e fomos andar pela cidade e conhecer o local.
   Comemos em um dos inúmeros barzinhos a beira-lago curtindo um visual deslumbrante (e a comida até que era gostosa!), andamos um pouco e logo eu já quis parar em outro restaurante com terraço para comer meu lanche,
Barzinhos beira-lago

   Nesse caso foi uma comidinha e um atendimento bem mais-ou-menos, que até pra pagar foi difícil achar alguém lá. Mas o visual era bacana.
Terraço de barzinho

   Outra coisa que me surpreendeu em Copacabana foi o frio. Voltamos pro hostel pra agasalhar mais e acabamos enrrolando um pouco lá, e quando saímos encontramos a rua badalada da cidade, e essa sim tinha algum movimento. (na maioria de mochileiros)
   Encontramos um restaurantezinho bem legal a luz de vela, e também barato, contradizendo com tudo que eu havia ouvido falar da cidade. Comemos e volatmos para o hostel, pra preparar pra Isla del Sol no dia seguinte!
Restaurante a luz de velas!


12/03 La Paz (lully chegou!)

     Saimos andando do hostel com um tempo ate agradavel, e tive a feliz noticia de que haveria vans para la paz. Comi um cafe de despedida dakeles pastelpizza, que eu nunca tinha visto em outro lugar, (comi 7), mais um cafe com sanduiche de ovo, comprei uma agua e paguei a van. Cerca de 20 minutos de espera, a van partiu rum a la paz!     Acordei bem cedo e desse vez esperancoso de que a greve tinha acabado, acordei michel e estava animado pra voltar pra la paz. Na verdade eu tava animado pra voltar pro wild rover, mas blz.
      A viagem foi tranquila ate chegar em la paz. Acho que demorou mais depois que entrou em la paz do que toda a viagem. A van entra por El Alto, e tinha a porcaria de uma feira, era meio dia, e o povo boliviano nao tem senso de como dirigir. Ou seja, acho que foi uma hora e pouco para andar algumas quadras e chegar no cemiterio, onde agente descia.
       Descemos e pegamos um taxi ate a calle de las bruxas, onde andei uns 10 mins e despedi de michel  (tenho nenhuma foto dele), fui caminhando ate o wild rover e paguei a cama, porque estava perto da festa do dia 17 e tinha medo do hostel enxer. 
       Wild rover denovo, eh bom demais! Fiquei atoa aqui o dia inteiro  usando a internet, depois de uns 4 dias sem, e reservei quartos para meus familiares que vao vim dia 17.
       Por volta das 8, eu ia na praca esperar a lully que tambem esta vindo do brasil e estava demorando jah, ate que a encontrei passando de taxi na porta do hostel.
       Unico lugar disponivel era o quarto de 20 camas, entao ela pego a cama emcima da minha no belixe, e saimos no mercado para comer e mostrar a calle de comercio pra ela. 
       Acabei por comer o de sempre, um sanduiche (na verdade dois, pq a lully nao gostou do dela) e a sobremesa de costume, e entao voltamos para o hostel.
        Tomamos uma cerva no irish pub e fomos durmir. Na verdade tentar, porque ficaram fazendo muuuito barulho ate umas duas da manha, mas blza. 

10 e 11/03 Sorata

   Acordei animado com a ideia de voltar a la paz, arrumeu minhas coisas e sai do quarto. O dono do hostel me deu uma infeliz noiticia, de que tinha blokeio porque da greve em la paz, e nao tinha como entrar em la paz. Fui averiguar no ponto de onibus,
   Acabei por encontrar uma van que dizia ir para la paz, e corri no hostel e vim com todas as minhas coisas, debaixo de uma puta chuva, para o ponto de onibus. Acontece que como o dono do hostel disse, eles nao nos deixam em la paz, nos deixam em El Alto, uma area extremamente perigosa e que todos dizem para agente evitar.
    De volta ao hostel eu fui. Dexei minhas troxas no quarto e fui gastar muita grana comendo (18 bs) pra afogar as magoas haha. Aqui tem massa de pastel no formato de piza, e voce pode colocar mel emcima. Fritura com mel, com cafe e acucar. Bem saudavel. Comi uns 8 desses pastelpizza e voltei para o hostel, meio desesperado sobre oque eu ia fazer durante o dia,
     E nao fiz absolutamente nada. Procurei meu livro o guia dos mochileiros da galaxia para passar o tempo, e percebi que eu jah perdi ele! Celular, jukinha, cabo da gopro, meu livro, e um dos cadeados que perdi aqui em sorata. Legal neh? 
     Sem livro divertido, gastei meu dia entre tocar violao, ler conquista da felicidade e coxilar. Ah, gastei uns bons bolivianos na lan house aqui proxima. Fui deitar tipo 8 e meia, e um pessoal fez o favor de comecar a tocar violao e gaita e a cantar bem na frente do meu quarto durante uns 40 min, ate o dono do hostel pedir para eles descerem mais para baixo, quando eu finalmente durmi.
     Acordei cedo no outro dia e fui procurar saber as noticias, e adivinhe soh, mais um dia de blokeio. Pelo menos nesse dia fui de manha ver as montanhas, que pela primera vez estavam visiveis aqui de sorata e devo dizer, visao magnifica. Andamos por uma hora e pouco e na volta almocamos, e de lah jah fui para minha hora na lan house. 
     Voltei para o hostel, coxilei, acordei e fiquei lendo mais do bertrand russel, com uma galera fumando ao redor e tocando violao. Ate que nao foi de todo ruim.

09/03 Sorata (trekking gruta de sao francisco)

     Hoje eu ia tirar o dia para ir ate a gruta de sao pedro. Ouvi falar que sao 3 horas de caminhada para ir e voltar, alem do tempo na gruta. Acordei e comprei um leite (na verdade trokei, porque o primeiro estava podre) e bananas para o cafe, e um bando de bolachinhas e chocolate pra trilha. Me preparei e peguei um mapa que o dono do hostel tinha me cado, e parti para caminhada.
     Eu devo ter andado umas 2 horas mas nem devo ter andado a metade do caminho ainda. Eu nao conseguia nao parar a cada curva pra tirar foto e ver a paisagem. Sorata eh em um vale entre montanhas, com um rio cortando, e a estrada que vai pra gruta vai subindo. Ou seja, quanto mais voce anda, melhor fica o visual da cidade. 
     Eu andei bem e jah estava bem cansado, e nem sinal do povoado de sao pedro, onde fica a gruta. Era completamente deserto a estrada, ate agora eu nao tinha visto nada. Ate que me aparece um carro vindo. Arrisquei pedir carona, e descobri que era um taxi e o portamala estava vazio! Me custou 5 bolivianos.

     Andamos por uns 15 minutos ate eu descer em uma estradazinha que tinha a placa indicando a gruta. Segui ela por alguns minutos e cheguei a entrada da gruta. A proposito, a vista do pessoal de sao pedro eh maravilhosa como as demais.
     Entrei na gruta (20bs) e vi uma placa dizendo para nao assustar os morcegos. Fiquei meio encomodado com aquilo, mas beleza. Entrei na gruda mal iluminada (sim, eu nao trouxe uma lanterna pra visitar uma caverna) e andei um pouco, ate que o guia que eu nao sabia que tinha me alcancou, e felizmente ele tinha uma lanterna. A tatica no comeco eh nao olhar pra cima, ae vc nao ve algumas centenas de morcegos que se voce levantar a mao alcanca. Voce soh escuta eles.
     Mas isso dura pouco. Logo a caverna fica extremamente alta, e dou de cara com um lago gigante, e pedalinhos. Nem preciso dizer que jah entrei em um com o guia (nao podia ir sozinho blz?) e fomos remando ate o outro lado do lago.

     Tive a sensacao de estar vuando. Mesmo com a gruta mal iluminada, e a profundidade de 5 a 6 metros do kago, eh possivel ver o fundo com incrivel nitidez. Agua extremamente cristalina, como nunca tinha visto antes.
     Chegamos ate o fim, tentei tirar algumas fotos com a gopro e voltamos para a entrada.
Nao da pra entender muito bem, mas metade dessas rochas ae estao debaixo dagua. Viu quando falei que parece que to vuando?

     Soh quando sai da gruta que me veio a triste conclusao de que eu iria ter que andar toda a volta ate a cidade. Ah, eu estava sozinho na gruta todo esse tempo. Mas logo que sai, um casal adentrou a gruta.
     Fiquei tocando violao e comendo minhas bolachinhas tendo uma vista perfeita, pra variar, e descansando o corpo e a mente pro trekking de volta. Ate que o casal me sai da gruta, e eu olha lah na frente um taxi esperando por eles! 

     Tinha mais 2 no taxi tambem ou seja, portamala na ida, portamala na volta! E acho que foi o melhor jeito, por dois motivos: primeiro que por eu ter andado algumas horas no comeco, eu tive a vista perfeita do trekking, e segundo que gastei 15bs ao total pra ir e voltar de taxi da mina! (Um taxi aki de sorata para ir e voltar cobra ate 70bs!)

N sei pq a foto saiu assim...

    Segur algumas fotos do visual:
Sorata ficando distaante

    

      

08/03 Sorata

    Acordei bem cedo animado com a ideia de sair de la paz um pouco, e jah fui pro que faz meu dia comecar bem: o cafe da manha! Leitoei bem como de costume e fui jah peguei minhas coisas pro chekckout do hostel.
     Achei um taxi que era 20 bs para a parada de minivan para sorata, e jah entrei logo de cara, com uma sensacao de estar esquecendo algo. Cheguei na rua e vi inumeras vans indo para sorata, e comprei meu bilhete para proxima desponivel (20bs). Soh ai reparei que havia deixado meu colete de penas no hostel! Com uma correria eu consegui ir e voltar ao hostel com um taxi que fez por 30bs e vi que eu havia eskecido porque a mulher que arrumou o quarto colocou minha jaketa encima dos armarios, mas blz. Pelo menos achei.
      Entrei na mini van e dei sorte de pegar o unico lugar onde era possivel esticar as pernas. Retiro tudo que disse ate agora sobre estrada bonita. Nada que eu jah vi se compara a estrada chegando a sorata. Alias, sorata inteiro eh algo deslumbrante. Nao sei como eh tao pouco falado entre mochileiros e viajantes da bolivia. Lugar mais bonito que estive ate agora sem sombra de duvidas, ate mais do que o salar.
       Ah, a van atolou.

       Logo que cheguei procurei o hostel indicado por lorenzo, o hostel mirador. O nome eh realmente valido: a visao eh perfeita.Fora que paguei 40bs por um quarto soh meu.
Vista ate boa neh?

       Passei o dia andando pela cidadezinha e cada vez mais chocado com a vista de cada esquina, e fui a procura de uma area de camping tambem indicada por lorenzo que teoricamente era proxima do hostel. 
      Eh uma trilha meio pesadinha no meio da mata rumo ao rio que corta a cidade, e soh quando cheguei verifiquei que tinha 3 areas de camping no local, e estava ficando tarde. Decidi voltar para cidade e comer uma janta completa com sopa de macarrao, arroz, carne e pao por 10bs.

      Voltando ao hostel eu conheci michel, um filipino que esta viajando a nada mais que 4 anos. Conheci tambem um argentino francisco, que tambem estava no hostel. Eles estavam indo para o hostel do lado encontrar com um pessoal, e acabei me juntando a eles.
      Saimos do hostel e umas 4 pequenas cholitas viram eu com violao e ele com a flauta andina e pediu pragente tocar. Ficamos uns 20 minutos tocando e brincando com a gurizada, e foi bem divertido!
      Chegamos ao hostel ao lado, chamado reggae hostel, e encontrei um pessoal jogando baralho em uma mesa de madeira em uma area aberta anoite, com um lampiao meio fraco iluminando tudo. Dava uma vibe bem interessante ao local, onde logo me sentei. Na mesa havia vinho, cigarro, refrigerante, leite condensado, pinga, fumo de todo tipo alem do baralho, claro. 
      Acabei por descobrir que eram 3 chilenos, 3 argentinos, o filipino e eu. Todos falavam em espanhol e acabei por ficar boiano algumas vezes, apenas curtindo meu violao. De vez enquando michel tirava mais um instrumento de sua bolsa (ele deve ter tirado umas 3 flautas e 2 instrumentos que nao faco a menor ideia do que eh) e agente zuava um pouco tentando tirar alguma musica.
      Joguei um jogo de baralho que ninguem realmente entendeu como joga, e voltei pro hostel pq jah estava bem cansando. Michel e o argentino vieram junto, e descobrimos que por mais 10 minutos agente ia ficar trancado fora do hostel. Ele tem toque de recolher. Era algo interessante para avisar aos  hospedes neh? Mas fora isso, hostel perfeito.
    

07/03 Tiwanacu

     Acho que soh um passeio que fiz ate agora eu nao recomendaria pra ninguem: Tiwanacu. Sao basicamente 3 horas em van e 3 horas dividos entre um museu com artefatos do povo de Tiwanaku, que o guia explicou que apenas a mumia eh original, e o resto do tempo vendo as ruinas, que vou explicar porque axei tosko.
     Ruinas sao legais de se ver, ah nao ser quando o guia fala que toda ela foi reconstruida, e que nao se sabe ao certo se essa era a forma original. Eles encontraram as pedras soltas e simplesmente reconstruiram, esperando estar construindo da maneira correta. Yeeeap.

     As ruinas foram distruidas por espanhois que queriam usar as pedras para construir igrejas. Depois povo acha ruim quando falo que religiao eh o cancer do mundo!
     Pra nao dizer que o passeio eh de todo perdido, um templo subterraneo foi encontrado relativamente a pouco, e esse sim eh completamente original. Possuem diversas cabecas esculpitas na parede, cada uma difernete da outra. Tem ate uma que lembra um alien. Ah, tem uma lenda que diz que Puma Punku eh um aeroporto para bases espaciais... Mas blza.

      A mairoia das cabecas foram quebradas por arqueologos amadores, mas as que ficaram intactas tem um certo misterio. Ah, e aqui tambem tem o mesmo problema das piramides do egito: nao se sabe como carregaram monolitos de mais de 10 toneladas ate o local, e nem como se cortaram tao corretamente as pedras. Isso eh de assustar quando se ver de perto mesmo.
       E pra terminar, eles te "obrigam" a comer o almoco de 40 bolivianos, pois o guia jah anota seu pedido na van e na volta para uma hora no restaurante. Eu nem comi, porque estou adepto ao jejum haha e leitei horrores no cafe do hostel. Fiquei sentado vendo a paisagem e tocando um violao, e que foi ate bem divertido. 
       Depois de mais algumas horas na van finalmente xeguei na igreja de san francisco, onde jah fui para o hostel organizar checkout e me preparar para ir pra sorata no dia seguinte!
       

06/03 La Paz

      Hoje lorenzo iria voltar lara italia. Acordei cedo e encontrei ele jah no cafe, e como de costume, tomeu meu cafe/almoco/lanche da tarde. Ele havia comprado uns encartes para escrever uns presentes para familia, mas precisava imprimir algumas fotos antes. Ele nao usava camera digital. Ele gostava da de filme, porque fazia voce nao ficar tirando foto atoa, e perceber melhor o ambiente para achar a melhor foto possivel. Faz ate um bom sentido neh?
     Fomos andar nos mercados das bruxas proximo a igreja (!!), e acabamos encontrando Facunto, o argentindo que tinha pego salmonela. Ficamos andando algumas horas, conversando e lorenzo comprando artesanados. Pela primeira vez eu entrei no mercado das bruxas, e fiquei meio assustado com o que vi. Eles vendem fetos e cadaveres de lhama em estado estranhamente bom, com as pernas amarradas em uma posicao bem macabra. Fora unhas, ossos, olhos e outros derivados do pobre animal.
      Voltamos ao hostel a uma hora, pro checkout do lorenzo, e fiquei ali a tarde quase toda tocando violao e conversando atoa. Ate conheci um israelense que nao sei pronunciar o nome, que me ouviu tocando choro de crianca do kiko loureiro e falo que sabia tocar essa e outras do kiko, que era um grande fã do kiko. Um israelense conhecer choro de crianca foi meio chocante, mas beleza. Bom que ele tinha um violao tambem, e falo q era bem ruizinho, pagou barato, cerca de 1400 bs (700 reais). Falei beleza.... O meu custou 110 reais mas falei nada. Nem os meus violoes que estao em casa sao esse preco mas tudo bem ahah.
       Enfim fiquei mais algumas horas tocando com ele e lorenzo com a flauta peruana, e umas 6 horas fomos sair pra jantar no mercado, como de costume. Dessa vez comi um arroz temperado com bife por 10 bolivianos, com direito a uma agua quente com 2 pedacos de cenoure ( conhecido como sopa por aqui) mas que estava bem gostoso.
       Comi tambem a sobremesa que descobri no dia anterior... E a foto mostra que vale a pena mesmo, por menos de 5 reais haha.

       Voltamos para o hostel e vimos que a festa jah estava comecando. Eu nao estava afim de bebe, pois jah tinha pago a tour pro Tiwanaku pra bem cedo do dia seguinte. Acabei que fiquei tocando violao com lorenzo no patio do hostel, ate que do nada me surgem dois dinamarqueses visivelmente embreagados e pedem pra eu tocar wonderwall. Acho que toquei umas 14 vezes com geral cantando, antes do seguranca falar que soh podia fazer barulho no bar. Acabamos que fomos pro bar, e um dos dinamarqueses paga uma cerveja pra mim e pro lorenzo. Eu ate fiz esforco pra nao beber... Mas jah era. Bebi duas mais e vi a festa mais loca que vi ate agora no hostel. O pub lotou muito, tocou muita musica loca, desde scatman ate blue, passando por regueton e rihana. Mas na ultima hora, soh musica irlandesa e galera subindo no balcao, pulando e caindo no chao. Enfim, foi lokossimo. 
       Fiquei ate umas 2 onde fui ate a porta pro lorenzo pegar o taxi pro aeroporto, e voltei e apaguei na cama.

05/03 La Paz (Chakaltaya e Valle de la Lunna)

       Eu não precisava de ter colocado despertador para as 8. O ônibus da excursão iria me pegar no hostel as 9, mas eu queria me empanturrar de pão antes.
        Mas eu acordei as 6. E contra minha vontade.
       Acordo ouvindo o que parece ser um gemido de dor muito alto. E era. Um desses alemães que embragaram na noite anterior estava gemendo como se tivesse com muita dor de barriga, e ficou gemendo por uns 15 minutos muito alto. O quarto inteiro acordou. Um canadense começou a pedir pra ele calar a boca, e ai o alemão se levantou da cama (2 andar do beliche, na minha frente)
       Notei que ele deu uma cambaleada boa quando levantou, estava provavelmente ainda bêbado. Quando foi tentar descer do belixe, eu jah esperei o pior. Mas o pior veio depois. Ele ate desceu direito, foi ate o meio do quarto, e começou a mijar no chão. A menos de um metro de onde tinha vários eletrônicos sendo carregados no chão. Galera começou a gritar, e um cara levantou e empurrou ele pra fora do quarto. Ele logo voltou e subiu na cama de volta.
       O outro alemão da noite anterior, acordou e ficava conversando com ele e não calava a boca, então aquele mesmo canadense levantou e foi ate a cama dele e mando ele sair do quarto. Nem preciso dizer que ele não saiu neh? Desceu e deu um soco no canadense, que revidou e deu umas 10 joelhadas na cabeça dele, alguns socos e pontapés depois que o alemão estava no chão.
      A proposito, isso foi ao lado da minha cama, eu ate estava empurrando eles pra longe. Como brasileiro que sou, eu estava fazendo o que podia: tentado ligar a porcaria do ipad pra filmar a briga. Mas não deu. Umas garotas da cama ao lado separaram a briga. Uma pena.
       O canadense pediu desculpas porque achou que ele que tinha mijado no chão, mas eu achei foi bem feito. Algum tempo depois o segurança veio e falou que os dois iriam sair assim que acordasse, e alguem deu uma limpada de leve no mijo do cara, que jah tinha secado e tava fedendo muito.
      Isso tudo e nem era 8 horas da manha ainda.
      Não consegui dormir mais e fui tomar meu cafe, na verdade me empanturrar porque o tour era ate 4 da tarde e eu não ia comprar nada pra levar (não tinha almoço incluso). Tomei cafe com Lorenzo e logo fui esperar minha van. 
      A van logo chegou e entrei com meu violão e minha pochete rumo ao chakaltaya.
      Rezei pra Pachamama mais uma vez. Você nunca ira andar na estrada da morte. Sabe porque? Pq sempre vai ter uma estrada pior. ´T.I.B.´. This is Bolivia (Quote um pouco alterado do filme Diamante de Sangue, com DiCaprio).
Olha q estradinha legal

      Descobrimos que a estrada para o chakaltaya estava interditada, então o infeliz tem a ideia de pegar umas estradas paralelas, com uma van. A estrada era menos da metade da famosa estrada da morte entre sucre e santa cruz. E de cascalho. A van entrou na rua de cascalho em uma favela e fez sua primeira tentativa. A van não tinha forca pra subir. E oque ele fez? Voltou de ré. E ainda balizou na porcaria da curva pra virar a van pro outro lado cara, com um despenhadero maior do que todos os que eu jah tinha passado ate agora.
Pelo menos a vista era bonita haha

     Nessa hora eu jah estava conversando com vanessa e henry, dois brasileiros que estavam na van comigo. A van tinha saído com nos 3, mais 3 europeus e duas chilenas, que desistiram no começo quando descobriram que a altitude era muito alta. As mina ia visitar a porra de uma montanha e não acharam que ia ser alta, mas beleza.
     Eu e os brasileiros não olhávamos pra janela, pq a coisa estava realmente muito tensa. As outras parecem fichinha perto dessa estrada. Depois de algumas balizadas, idas e voltas, e algo que pareceu 1 hora e meia depois, começamos a ver neve do lado da estrada (que não era mais despenhadero, gracas a Pachamama). Mais alguns minutos e avistamos o base camp de Chakaltaya. Pagamos nossos 15 bs, e entramos na extinta estacão de ski mais alta do mundo. (Vanessa acabou ficando na van, pois passou muito mal com a altitude)

     Quando você passa da estacão para o pequeno trekking que tem disponível, você ate consegue enxergar o topo, e tem a ilusão de que sera bem fácil a subida. Soh pelo fato de estar a 5300 metros jah dificulta um tantim bao, mas o chão de pedras e neves escorregadias e o frio de -10 dão um tempero especial ao pequeno trekking.
Trekking legaal

     Subi acompanhado pelos europeus e Henry, e no meio da subida tive a triste ideia de parar, olhar para tras e tirar foto. Eu nao entendi muito bem quando a guia falou pragente subir concentrando no chao e na subida, e soh parar para tirar foto la emcima. Mas agora entendi. A montanha eh meio inclinada lateralmente, vento forte e muito escorregadio. Na hora que eu levantei e olhei pra tras, fiquei muito tonto, e uma porcaria de rajada de vento passo bem na hora, que me fez sentar no chao pra nao cair.
     A proposito, o caminho eh muito fino. Eh bem perigoso cair pro lado e escorregar montanha abaixo. Mas como estou aqui escrevendo eh de se imaginar que nada aconteceu neh? Alias, nada de ruim! Porque eu consegui gravar algumas musicas no meu recem-comprado violao a 5800 metros de altitude, mesmo com os dedos congelando e o violao desafinando a cada 1 minuto. Tinha ate plateia!

     La emcima eu fui reparar que 80% das pessoas que estavam lah era brasileiros. Foi bem divertido trocar ideia com o pessoal, e na volta parei na base com mais alguns brasileiros para tomar meu cha de coca de 5 bolivianos que nao podia faltar!
     E assim entramos na van para finalizar a primeira parte do passeio, Chakaltaya. Valle de la lunna, ai vamos nos.
    Eu nao podia deixar de temer a volta, porque a estrada era mesma, mas agora era descida e havia neve! Mas vim conversando com Henry, descobri que ele eh moxileiro de mais de ano, possui um blog (ninjastravel) e me deu varias dicas de como economizar em mochiloes!
    Coxilei um pouco e acabei chegando ao valle de la luna. Um monte de pedra em formatos bem estranhos (dai o nome), mas extremamente turistico. Tem pontezinhas pra voce andar, lugares para tirar foto e lojas de artesanato. Eu sinceramente achei bem bobo, apesar de algumas paisagens bonitas. Jah Henry achou extremamente interessante. Gosto eh gosto neh? Ah, e consegui um lugarzinho pra tocar um violao tbm.


    Voltei para o hostel por volta de 4, e fiquei na wifi ate umas 6, onde tive a ideia de ir procurar janta no mercadao proximo aqui, e que fiz uma grande descoberta. Comi um puta sanduiche com cafe por 10bs e uma sobremesa mitica tambem por 10bs. 
     Na volta liguei pros parente, e logo deitei.

04/03 La Paz (irish pub!)

     Como durmi bem cedo, acordei cedo e fui para mesa do cafe. No dia anterior havia conhecido um brasileiro que por nada no mundo eu lembro o nome, e ficamos conversando no cafe ate por volta de meio dia. Nem eu nem ele tinha absoultamente nada pra fazer. Bom ele tinha, ele ia embora no dia para copacabana e continuar sua viagem, mas mesmo assim deu muito  tempo de agente andar bem na cidade atoa. (Pra variar)
      Voltei pro hostel e fiquei passando tempo conversando e tocando um violao, ate que sai para o fastfood que havia descoberto ontem, soh que dessa vez iria pedir o frango empanado. Por 25 bs, eles entregam batata e 1/4 do frango. E sem talheres. Vai na mao mesmo!
     Andei mais um pouco anoite na calle do comercio, e sempre acho muito interssante o mercado noturno daqui.
Calle comercio anoite

     Voltei para o hostel e encontrei lorenzo, e pela primeira vez eu consegui ficar acordado para ver como eh um irish pub que ate entao soh conhecia em filmes.
      E nao me decepcionei.
      Comecei tomando uma pacenna de 1 litro(20bs) e vendo o bar aos poucos enxer... Depois tomei mais uma e dividi a terceira com lorenzo. A cada 20 minutos, a garconete subia no balcao, a musica parava e geral gritava "freee shoooots", e ao som de LMFAO shoots, ela ia dando doses na boca de todos no balcao, de uma vodka de cereja muito ruim por sinal. Devo ter conseguido tomar uns 4 shots no decorrer da noite. Ah, e outra coisa interessante, depois dos shots, os garcons e garconetes se juntavam, a musica parava e eles gritavam "wild roveeeer" e eles mesmo tomavam 1 ou 2 doses de shots. Ou seja, embreagacao total. 
        Lorenzo foi deitar logo, eu fiquei atoa para tomar mais uma dose de vodka, que quando fui comorar descobri que era dobradinha (18bs por 2). Comprei mas tomei soh uma e joguei a outra fora, porque sabia o qe me acontecia se bebesse mais que devia, e porque no dia seguinte eu ia para CHakaltaya e Valle de La Luna.
        Nesse momento havia uns 4 ou 5 alemaes emcima do balcao extremamente bebado, galera caindo no chao extremamente bebada e o bar esvaziando. Pensei que era minha hora, e fui pro quarto, achando que ia durmir na hora (estava com sono).
        Uns 15 minutos deitados e sou acordado por um estrondo. Dois desses alemaes infelizmente estavam no meu quarto, e entraram batendo a porta e falando muito alto. O pessoal reclamou mas n adiantou muita coisa, porem eles foram deitar logo, e eu tbm consegui durmir.
        Ainda bem que os alemaes nao deram muito trabalho. Mas o trabalho que iriam dar na manha seguinte, eu nao estava preparado pra ver.
       Enfim dia tranquilo sem nada demais... Ah nao ser que descobri que o irish pub eh bem animado!

03/03 La Paz

      Como sempre jah fui direto pro cafe. Tem um ponto bom e ruim do cafe nesse hostel: o bom eh que eh das 8 ao meio dia, ou seja voce pode ate almocar ele. A ruim eh q eh soh pao manteiga e geleia, e de bebida chas, leite e cafe. Mas ta valendo.
      Comi bem e fui andar mais pela cidade, pro lado da igreja de sao franscisco dessa vez. Fiquei algumas horas pesquisando um violao para comprar, e acabei achando um bem pequeno por 280 bs. Comprei ele mesmo.
       Andei mais um pouco e almocei em um restaurante ate chiquezinho, comi uma torta de sobremesa e fiquei zuando a wifi um pouco. Voltei pro hostel e fui com a krestel aqui proximo pq ela ia fazer uma tatoo (achei meio coragem mas blza...). Ate que o local era limpo, a tatoo foi feita em 20 mim (era pequena) e de lah ela jah pego um taxi para o aeroporto (ia voltar pra australia).
       Voltei pro hostel e fiquei ate tarde lah tocando meu violao, onde conheci lorenzo, um italiano de fim de viagem ( 5 meses viajando) com uma flauta e ficamos ali um bom tempo.
        No entardecer sai novamente pra andar aqui por perto, descobri um fast food muito barato e muito bom logo aqui na frente, alem de descobrir que consigo ligar para casa por 0,60bs o  minuto! Liguei, andei, comi, voltei para o hostel. 

Menos de 9 reais!

        Quando entrei no hostel eu vi que hoje era o dia de dobradinha de tequila! Falei opa, vo soh descansar no quarto ali rapidinho, e vou pro bar!
       Soh acordei no otro dia.

02/03 La Paz

  Chegamos em la paz as 8 da manha (exatamente 12 horas de viagem) em um busao com akecedor tao forte que tinha nego sem camisa. Tirando o chule insuportavel do manolo atras de mim, o calor e fato de ter perdido meu bone no busao, a viagem foi exelente. Onibus extremamente confortavel e nem vi a viagem passar.
    Entrar em la paz vc acha que a cidade eh uma favela gigante, mas quando voce anda mais, voce tem certeza. 
     Pegamos um taxi para o wild rover hostel, pois um pessoal que encontrei sempre falo muito bem do hotel. Chegamos e fizemos nosso checkin, e descobrimos que jah poderiamos comer o cafe naquele dia mesmo! Apenas uma das inumeras coisas que esse hostel iria ter que iria me fazer  querer ficar aqui cada vez mais.
     Logo na entrada voce jah nota o nivel diferenciado do hostel. Uma ideia genial eh que eles tem armarinhos para cadeado com tomada dentro! Voce pode dexar seu eletronico carregando a noite ou quando sai! Nao falei que o hostel era epico? 
     E cada passo eu surpreendia mais: banheiros limpissimos, torneira aquecida (!), e um quadro escrito beer pong que ia ter no dia que cheguei. Todo dia tem uma festa, um evento, uma comida e uma dobradia diferente. Isso por 47 bolivianos o quarto com 20 camas. Perfeito!

     O checkin era apenas 1 da tarde, entao deixamos nossa mochila no armario do hostel (que foi o primeiro que pediu identificacao pra colocar e tirar algo do armario) e fomos andar por ae, reconhecer o local. Descobri que nosso hostel fica numa rua que eh fechada anoite, e abre inuneras banquinhas anoite, uma especie de feira noturna. (Deve ser por isso q chama rua Comercio...)
      Descobrimos que havia um mirante a uns 5 minutos do hostel, e pra aquela direcao agente foi. 5 minutos de carro talvez, pois sao so uns 200 metros de distancia, o problema eh que tem uma escada muito ingrime ate o topo. Descansar um pouco ali era obrigacao.
     Ainda antes do almoco, pegamos um taxi para estacao antiga de trem, onde era a primeira parada do teleferico da linha vermelha, que agente queria conhecer. Pegamos o teleferico (6bs) e tivemos mais certeza sobre a cidade favela. Paramos no topo (depois de passar pelo cemiterio) e fomos no mirante que tinha lah, onde as fotos mostram a cidade por completo.

     A fome comecando a bater, fomos a uma area da cidade conhecida como sapocacha, onde tem varias lojas e restaurantes, e eh relativamente mais barato do que proximo ao hotel. E deve ser verdade pois comi um almoco com sopa de entrada e pao, arro com carne, salada de fruta de sobremesa e um refri por 21 bolivianos.
     Retornamos ao hostel, para efetuar o checkin e tomar um banho (eu tava precisando muuito), e descobri que ate no quarto de 20 camas tem armario do tamanho da mochila para todo mundo (primero hostel que vejo isso tambem)
      Depois de ficar atoa um pouco no hostel, rumei pra conhecer mais ainda a cidade. Chegando perto da praca da igreja e do obelisco, minha impressao da cidade melhora bastante. Construcoes mais bonita e tal, mas como em toda a bolivia, 400 banquinhas e vendedores de comida nao-higiencias pra todo lado.
      Comi num restaurante relativamente chique (45bs), andei por mais algumas horas e voltei pro hostel por volta das 11, onde o pessoal jah estava bem embreagado e o beer pong jah tinha ate acabado. Eu estava kebrado entao soh fiquei numa area sozinho bebendo um pouco e logo fui durmir. Dia sem grandes surpresas, apenas conhecendo la paz um pouco.
Ls paz anoite

01/03 Salar (Farewell jukina, farewell)

    Hoje seria um dia de extremos.Primeiro porque acordei as 5 e meia sozinho, e descubro que o nascer do sol eh tao bonito quanto o por do sol, se nao for melhor.
   Andei durante uma hora (se eu soubesse o que me aguardava, eu nao teria usado minhas pernas) procurando meu pau da gopro em tudo quanto eh canto, mas nao tive sorte. Mas vi o sol nascer, as lhamas sairem do cercado, e voltei em tempo de tomar mais um exelente cafe, que pra variar, nao tinha proteinas. Eu soh dei muita sorte, de ter comido muito, pois dali pra frente seria barra pesada.
    O guia fala que iremos fazer um trekking ao rumo do vulcao, subindo por umas 2 horas, vendo algumas mumias no caminho e descermos meio dia, almocar, e estar em uyuni de volta por volta da 2. As 2 da tarde, nem chegado ao hotel ainda eu teria.
    Comecamos a subida, eu confiante achando que ia ser tranquilo, visto que faco exercicios e nao tenho problemas de altura (e tinha 2 sacolas de folha de coca na pochete). Uma hora de caminhada chegamos ao mirante, e soh ai eu me toco que tudo que eu vejo atras de mim eh o salar. Segurei pra nao chorar mesmo, e fiquei paralizado uns 5 minutos antes de pedir alguem pra tirar foto minha, visto que eu nao tinha mais o pau de selfie.

Esse cao menor eh meu amigo , guia e protetor.Jah explico o porque.

    Continuamos a subida, e eu fiquei meio assustado ao ver que geral tava la emcima, eu e a australiana pra tras sem conseguir acompanhar, ate que perdemos eles de vista. Ai que entra o cao guia. Ele foi na frente mostrando exatamente o caminho. Agente para a para descansar, ele deitava embaixo da minha perna. Agente levantava, ele ia mostrar o caminho. 
     Alcancamos o grupo na entrada da caverna, onde havia um casal de mumia e 2 mumias bebes, uma visao bem chocante. Nao havia protecao nenhuma, voce podia tocar neles, chegar perto e tal. Achei muito interessante. 
Ai a mumia pai.
   
    O pessoal estava parado porque patricia, a peruana, estava muito mal de estomago. Ai que entrou o milagre da coca: dei um bom bocado de folhas para ela, e 5 minutos depois ela foi a mais animada.
    Andamos por mais 2 horas, e toda vez que eu desanimava, era soh olhar para tras. Parecia que estava no ceu, com o salar ate o fim do horizonte. Eh deslumbrante.
  

   Andamos maaais ainda (eu e a australiana para tras denovo) ate que encontrei o casal de peruanos sentados em umas pedras. Eles disseramo que estavamo cansados e iriam voltar, e a australiana tambem. Eu decidi seguir mais, e alcancar patricia e o casal de alemaes (eu nao estava vendo mais eles).
    E assim o fiz. Andei sozinho por uns 40 minutos, quando avistei patricia. Ela me esperou e logo que encontrei com ela, ela me disse que perdeu o casal alemao de vista, e que deviamos ir atras. E assim o fizemos.
     Foi a visao mais bonita que tive do salar e do vulcao, mas tive que dizer adeus a um amigo. A subida era muito tensa, sobre cascalhos, e devo ter caido algumas vezes. Em uma dessas caidas, jukinha nao conseguiu se segurar, e se perdeu no vulcao do salar. Nao havia melhor lugar para se perder, e a paisagem que o cerca ira certamente fazer com que se sinta bem. Farewell jukinha, farewell.


    Eu e patricia andamos o que parecia ser uma hora, ate que nao avistando o casal, decidimos voltar. Quem acha que subir eh dificil, eh porque nunca desceu. A vista era inexplicavel, mas triste. A cidade estava incrivelmente distante e miuda, o que dava um certo desespero, visto que minha perna e meu joelho estavam pulsando de dor.
      Sokei o resto da ultima sacola de folha de coca na boca, e parti para a descida.
Ultima foto de jukinha. Como se fosse uma musica de despedida.


Quando decidimos voltar, a cidade nem era visivel. Mas mesmo assim, visao incrivel.

     Voltamos preocupados com o tempo, sem parar, cai 2 vezes e patricia umas 4, nos perdemos, e dessa vez nao tinha cao para nos guiar. Tivemos q pular muros, dar a volta em vales, passar por plantacoes, mas no fim, quando chegamos ao mirante, o guia estava esperando la com o carro.
      Ao chegar no hostel vimos que era mais de 2h, e estavam todos lah (inclusive o casal de alemaes, que deve ter voltado por outro caminho) e que todos os outros grupos jah tinha ido embora. E o nosso nem almocado tinha, pois tinha que esperar agente chegar. Soh nao achei ruim, porque patricia falou que foi bom eu ter encontrado ela para ela nao voltar sozinha, e que ela que quis ir atras dos alemaes.
     Enfim, comemos, eu estava com muita dor nas pernas, mas estranhamente aliviado e feliz, mesmo com a despedida de jukinha.
     Descobrimos que subimos o morro por 4 horas, e descemos em 2. Foi um baita trekking, com visao exepcinal, mumias, dificuldades e perigos. Um trekking completo. E no salar. Com um vulcao atras.
      Almocamos e voltamos para uyuni, e nao era nem 4 da tarde quando chegamos na cidade ainda.
     Logo de cara eu jah comprei minha passagem de 14 horas para la paz, e descubri que krestel iria fazer o mesmo caminho, entao compramos para ir junto.
     Ficamos ate as 8 horas rodando pela cidade, na qual eu tive que pagar 15 bolivianos para tomar um banho e tirar o sal do corpo, e botar a mesma roupa, porque eu havia entregado a mochila na rodoviaria jah.
     Comemos em um bom restaurante de uyuni, que havia wifi e o sanduba era bom. Tudo bem que nao era barato, nas nao sei se voce leu direito, tinha wifi.
     Deu 8 horas e entramos no onibus. Eu estava de regata e jaqueta, e com a certeza do frio que passaria na viagem. O onibus (2 andares) era cama, extremamente confortavel, porem a temperatura nao era legal. Mesmo de regata, estava suando. Eles botam pra quebrar no aquecedor. Enfim, durmi quase a viagem toda, pois havia carregado meu ipod no restaurante, e estava com o corpo fudido do trekking.
     Foi um bom dia, e espero que a viagem seja boa.
      La paz, ai vou eu.