Jungle Trek Day 2

Dia 1 aqui:  Dia 1


     Tivemos que acordar as 7 da manhã, pois no segundo dia era o dia de caminhada e caminhada... mas até que foi tranquilo acordar, dormi que nem uma pedra depois do dia anterior.
     Fomos tomar café da manhã e descobrimos que 3 outros grupos estavam tomando no mesmo lugar, e tivemos a falsa impressão de que iríamos comer comida de qualidade! Até que eles mandam agente pro fundo do hotel enquanto o resto ficou na frente... A comida foi até legal, mas descobrimos que os outros 3 grupos tiveram buffet de frutas e pães... e um dos Canasians ficou bem grilado e foi reclamar com guia, mas não deu em nada haha.
     Logo depois do café, começamos a caminhar pela estrada de carro mesmo, por uns 30 minutos, até que entramos na mata pesada.
    A caminhada é dividida em três partes, sendo que as duas pausas são em duas 'monkey houses', em que você tira foto com macaco nas duas, e na segunda ficamos mais de hora degustando várias comidas, frutas e bebidas tradicionais da região.
    A primeira parte da caminhada é bem fácil. Andando no meio da mata, vendo algumas plantações de cocas, milhos gigantes e café, sendo trucidado por mosquitos gigantes apesar de muito repelente, paisagem bem legal e grupo bem animado. Pintamos a cara de novo, mas dessa vez foi com fruta, e não com sangue de inseto. Desse momento em diante, Tai, o cara do vietna, foi apelidado de Thai LadyBoy pelo jeito que pintou a cara.
    A primeira parada na Monkey House é só pra descansar mesmo, e pra tirar foto com um macaco ladrão que soca a mão no bolso de geral e tenta roubar tudo quando é eletrônico, e quase que leva minha gopro! E logo seguimos caminhada pela parte mais tensa do trekking, a trilha inca.
     É bem assustadora e difícil. É praticamente 3 horas de subida, em degraus bem desproporcionais, de aproximadamente 1 metro de largura e com um abismo do lado. Eu e o Luke estávamos levemente mais assustados que o resto, e algumas vezes agente engatinhava mesmo. O Justin morria de medo de altura, mas ele conseguia não olhar pro lado e disparou na frente, e apesar deu estar bem devagar, eu fui o segundo, porque como o nosso guia disse, tinha muito 'China time' no grupo. Quando perguntei o que era o China Time, ele disse 'Pictures pictures pictures!' com um sotaque asiático e olho puxado, e até os chineses riram bastante. Mas é verdade, enxia o saco o tanto que eles paravam pra tirar foto.
    Descobri que eu ia ter que pagar 5 soles por um bondinho que eu nem sabia que tinha... mas achei legal andar de bondinho. Imaginei que seria tipo um teleférico ou algo assim... Pfff.... vídeo no fim da postagem.
    Depois chegamos na última monkey house, bem cansados, e escutamos bastante da história peruana e inca, degustamos cacau de tudo quanto é tipo, umas 5 frutas que é uma mais gostosa que a outra, e a famosa tequila inca, uma tequila com ervas e uma cobra dentro. Bem forte ela. E tinha um outro macaquinho lá, esse mais tranquilo, e ficamos brincando um pouco com ele.
    Saímos de lá e andamos mais umas 2 horas por um caminho bem plano, e chegamos a tão esperada piscina termal, onde ficamos por 2 horas trocando ideia e descansando as pernas em uma água extremamente limpa e quente, e foi beeeem bom essa parte.
     Pegamos busão e fomos para penúltima cidade antes de Águas Calientes, onde tivemos um hostel que também não tinha água quente, onde o pessoal pediu pra eu colocar meu sapato e minha meia fora do quarto, porque o fedor de merda tava tenso, e onde tinha uma 'boate' da cidade com pole dance que agente foi conhecer... por uns 40 minutos.
     Nem preciso dizer que só tinha os 3 grupos do tour na 'boate', e o pessoal logo foi embora. Até na boate o Justin peidava muito alto velho. Na trilha, na monkey house, na frente de quem quer que fosse, agente acordava com ele peidando no meio da noite, era bem tenso isso. E o cara reclamando da minha meia embostiada! É foda.
     Acabei por descobrir que um dos canasians trabalhava com computação também... ele era desenvolvedor de software na empresa que fazia o software pra gopro... falei ah blza...
     Voltamos e dormimos, ao som de peidos do Justin e de um regueton filha da puta do andar de cima que ninguém desligava, mas também estava bem cansado e dormi bem.



Eu, os canasians atras, justin cabeludo na frente, guia de verde e erick a direita!

Pode cair não!

Macaco doidim na gopro danado

Esse macaco era mais de boa. Entenderam porque apelidaram o Tai de ladyboy?

Experimentamos de tudo ai!

Tekila inca


Nem pra tirar foto eu desgrudava da parede ahaha


HotSprings


Jungle Trek Day 1

     Antes de mais nada, para quem não sabe, a jungle trek é um trekking de 4 dias e 3 noites que sai de Cuzco e vai até Machu Pichu. No primeiro dia, tem downhill de bicicleta e rafting, no 2 dia umas 8 horas de caminhada, sendo que 3 horas são na trilha inca original, no 3 dia são 5 tirolesas e uma ponte suspensa, além de 3 horas de caminhada rumo a Águas Calientes e no quarto dia Machu Pichu, com passagem de trem para voltar as 18:30 ou 21:00.  

     Acordei as 7 horas bem animado, afinal, o que eu mais espero da viagem é Machu Pichu!
     Pela primeira vez em todos os tours que fiz, eu não paguei o mais barato. Decidi pagar um com a agência mais famosa, e ver se realmente vale a pena. Adiantando, não vale. Eu devo ter uma aura de azar com relação a agências que escolho, porque sempre os outros grupos tem melhor comida e melhor equipamento. Mas foi bem divertido assim mesmo.
     Começando pela agência que 'buscou' agente na porta do hostel... apé. Tivemos que andar uns 10 minutos na chuva e fica esperando na praça até o ônibus da agência aparecer. Mas já deu pra conhecer Erick, um sueco que estava indo também do meu hostel.
     Antes do bus chegar, um outro participante apareceu: Justin, um americano que mora em uma cidade que tem 700 habitantes, e é exatamente o esteriótipo de cara do campo americano que eu imaginava, a começar pelo sotaque, e por um fato que iria aparecer no decorrer da viagem também, relacionado a gases intestinais.
     Andamos por algumas poucas horas até nossa primeira parada, onde iria começar a primeira aventura da viagem: o downhill de bicicleta. Não tinham capacete com encaixe da gopro, como a agência falou que teria, e todos os equipamentos eram do mesmo tamanho... ou seja, fiquei baby look, com a cotoveleira lá no meu ombro e minha joelheira na coxa, isso sem falar do capacete que tampava 5% da minha cabeça, mas ta valendo.
     Resumindo, o donwhill é bem podrinho. Não sei se é porque eu fiz o de La Paz e estava esperando algo a altura... mas também pode ser porque você não pode correr, não pode ultrapassar ninguém, o guia vai na frente bem devagar, as bicicletas eram horríveis, literalmente todas quebraram menos a minha (porque eu não passei marcha nenhuma vez), e toda hora você passava em uns córregos no meio da estrada que molhava tudo, e a paisagem não era la grande coisa, mas ta valendo. Há, e no final, quando fui tirar o equipamento, tirei a bota e fiz o favor de pisar em uma merda de cachorro grande mole e quente, e nesse momento que me toquei que eu tinha trago apenas um par de meia para 4 dias de trekking.... UM PAR DE MEIA PARA 4 DIAS ANDANDO NA MATA, E AINDA PISO NA MERDA COM A MEIA NO PRIMEIRO DIA. Mas ta valendo.
     Voltamos pro busão e andamos mais uma hora e pouco até nosso restaurante em uma cidade vizinha, onde iríamos dormir. Como de costume em todas as minhas tours, eu sempre fico no grupo fudido. Todo mundo foi pra outros restaurantes e outros hostels, o nosso ficou num restaurante na entrada da cidade e foi pra um hostel sem água quente. Apesar de que a comida foi boa e a cama era legal, então ta valendo.
     Eu tinha decidido que não iria fazer o rafting, mas chegando lá descobri que eu era o único que não ia fazer, então acabei que decidi fazer, afinal o rio estava na dificuldade 5 (eu pensava que era de 1 a 10 a escala de força do rio).
     Deu vontade de sair correndo quando vi o rio. O rafting de Arequipa foram 3 botes e 1 caiaque de segurança... esse eram dois caiaques de segurança por cada bote, sendo que um deles tinha um cilindro de mergulho extra, o que me assustou um pouco. O rio da medo só de olhar. Mas eu já estava lá então fazer o que... Foi a experiência mais intensa que tive depois do Huayana Potosi com certeza. É muito assustador o rio, mas ninguém caiu, e não tem pedras no rio, o que me deixou muito tranquilo, porque afinal de contas eu sei nadar e tava com um colete de ate 120kg em mim. Só uma hora que o guia jogo todo mundo na água lá que deu um pouco de susto, porque o rio estava meio tenso na hora também, e a água estava mais pra gelo do que pra água, mas foi muito divertido. Valeu muito, mas muito a pena eu ter feito esse rafting. E depois descobri que a escala do rafting não é de 1 a 10... é de 1 a 5. Isso explicas as ondas que eram 3 vezes maior que o bote, e que fazia parecer que agente estava andando de montanha russa.
     Depois do rafting, voltamos ao hostel onde teríamos o resto da tarde e anoite atoa, saindo apenas para o jantar. Por algum motivo, havia uma corda no meio do pátio do hostel em formato de forca, e uma área pra sentar cheio de banana de graça, que agente comeu em meia hora, depois fomos jantar ali perto mesmo com o guia (que tinha sumido desde que pegamos o ônibus, e só apareceu depois da bike e do rafting) e quando voltamos tivemos que esperar uns 30 minutos pro dono do hostel aparecer pra destrancar a porta, porque ele tranco agente de fora (só tinha agente no hostel).
     Até o momento o nosso grupo era eu, Erick um sueco, Luke e Charlie, chineses que moravam no Canadá desde os 6 anos de idade, Tai, um vietnamita que também morava no Canadá e Justin, o americano roceiro. A noite agente ficou jogando uns jogos viajados de baralho e rindo muito, e foi muito divertido, além de que acabamos por quebrar o gelo e conhecer melhor o grupo.
     Enfim, bike, rafting, games, restaurantes suspeitos, cordas de forca, e grupo bem animado. Foi bem foda o primeiro dia!
Eu, os 'Canasians' e o justin de vermelho

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?????

Jantar no restaurante depois do rafting

   

Top 3 o que fazer na Bolívia!

Ps.: Huayana Potosi vou deixar de fora da lista, porque não é algo que todo mundo faz ou consegue fazer (tipo eu ahah)



Top 3:   Isla Del Sol Trekking:   (Aprox~35 bolivianos de ticket durante a trilha)
Link do Blog: Aqui

     Isla del Sol é um ponto obrigatório em quem está na mochilando na Bolívia, devido a sua beleza e prestígio.
     Quando estiver em Copacabana, você pode escolher pegar um barco tanto para parte norte quanto para parte sul da ilha, e isso vai depender de quanto tempo você tem para passar na ilha. Eu realmente recomendo deixar um dia para dormir na ilha até, se tiver apertado em tempo deixe de ficar em Copacabana e vá para isla del sol, vale muito mais apena!
     O trekking é muito bem sinalizado, tem uma trilhazinha durante todo o percurso, e atravessa a ilha da parte norte a sul, passando por ruínas bem interessantes, como uma mesa de sacrifício, e isso tudo regado a visões perfeitas do lago Titikaka, das montanhas de fundo e das praias da própria Isla.
     Ele não é um trekking difícil, pode ser feito de 2 horas e meia ate 4 horas para quem quiser ir mais devagar e descansar durante o caminho, e você ainda encontrará umas 2 ou 3 vendinhas ao longo do caminho, além dos 'pedágios' para ter direito a entrar nas regiões centrais e sul da Isla, que custam ao todo 35 bolivianos por pessoa.
     Enfim, foi um dos passeios mais bonitos que fiz na Bolívia, está recomendadíssimo para quem gosta de paisagens naturais e uma caminhada sem pressa e não muito difícil, e o melhor, ao contrário do que dizem por aí, não é nada caro hostels na Isla del Sol! Paguei 30 bolivianos por pessoa para um quarto privado com banheiro e água quente!

As Ruínas

Final do trekking! Alá a chola que vai cobrar o último pedágio



Dica que serve para toda Bolívia: Não peça informação aos nativos. Eles mandam pro lugar errado por puro prazer, e na Isla não foi diferente. Perdemos uma hora, mas ganhamos um visual bem bacana!



Top 2:  Salar do Uyuni   (Entre 800-1100 bolivianos para passeio de 3 dias, com tudo incluso)
Link do Blog: Primeiro dia aqui (os demais dias estão em sequência)

     O Salar é mais outro ponto extremamente obrigatório para viajantes na Bolívia. Se você não visitou o Salar, você não foi na Bolívia!
     O tour para o Salar parte da cidade de Uyuni, uma cidade bem interessante e basicamente populada por mochileiros de toda parte do mundo. E isso torna um pouco difícil encontrar hostels lá, então se pensar em dormir lá, trate de reservar antes!
     Eu acabei por fazer o passeio duas vezes, pois minha família veio visitar e fui novamente, e em nenhuma das vezes eu dormi em Uyuni. As duas vezes peguei ônibus de La Paz, que chega em Uyuni por volta de 6 e meia ou 7 da manhã, e o tour começa por volta de 11 horas, então dá tempo de sobra de encontrar uma agência e até pechinchar no preço sem precisar dormir na cidade.
     O tour pode ser feito de 1 dia até 4 dias, sendo o mais comum de 3 dias. O de 3 dias você vai no deserto de sal, na placa do Dakar, no restaurante de sal (embora algumas agências ofereçam almoço do lado de fora, sentado no chão), nas famosas bandeirinhas, no deslumbrante espelho dágua, e isso tudo no primeiro dia! Os outros ficam por conta das Lagunas e formações rochosas, além de um banho relaxante (para quem tem coragem) em uma piscina termal com um visual incrível de fundo.
     Quanto a escolha da agência, vai muito de sorte. Nem sempre se você pagar mais, vai ficar em uma agência melhor. Na primeira vez que fiz o passeio, eu estava sozinho e paguei muito barato (650 bols) simplesmente porque estava em cima da hora e o carro tinha apenas uma vaga (fica a dica se você for sozinho), e almocei dentro do restaurante, comida de primeira em todas as habitações, e tive um pequeno problema pois comecei de trás pra frente o passeio. Fui primeiro nas Lagunas e voltei para Uyuni, onde a agência me pagou janta e um quarto privado, e no outro dia quando fui fazer meu último dia, acabei por pagar mais 200 bolivianos para fazer mais dois dias com o grupo que estava iniciando, e visitei a vila de Coqueza, onde fiz um trekking interessante para o vulcão de lá, visitei múmias em seu habitat natural sem nenhum tipo de proteção, e fiquei em outro hotel de sal, diferente dos que você fica durante a viagem.
     Na segunda vez que fiz com minha família, fui com a MESMA agência, mas o passeio foi diferente: Almoçamos de fora do restaurante, mas dormimos os 2 dias em hotéis de sal em localidades diferentes, e não fomos no espelho dágua em Coqueza, acabamos por ir em outro local para um espelho exponencialmente maior, onde creio que todos visitam.
     O passeio no Salar nem é preciso dizer que é a coisa mais importante a ser feita na Bolívia não é??
Só não ficou no meu Top 1 porque tem um passeio que é muito fooda!

Comi dentro do restaurante a primeira vez!
Já na segunda...

Espelho na frende de Coqueza, e o cão que comeu meu SelfieStick 

Início do trekking em Coqueza, olha a visão do Salar!

Rústico.

Mamão e eu e minha irmã brincando com perspectiva!

Hostel de sal na 2 vez


Top 1:  Death Road em La Paz  (entre 350 até 550, dependendo da bike, agência e grupo)

     É só indo pra ver galera. O Downhill da morte ou Death Road de La Paz é o tipo de coisa que você vai querer voltar um dia na sua vida, e nunca, mas nunca mesmo vai esquecer da adrenalina que passou!
     Antes de continuar, devo dizer que não achei tão perigoso assim. As bikes das melhores agências são excelentes, você pode ir completamente no seu ritmo, se quiser ir BEM devagar não tem problema, pois a van vai por último seguindo o caminho e se você quiser ir junto com ela ou até ir descansando dentro dela por algum período você pode fazer isso, além dos equipamentos de segurança serem bem úteis. Um brasileiro tomou um tombo bem feio na minha frente na parte do asfalto, saiu deslizando pelo asfalto um bom tempo, e levantou sem nenhum arranhão e continuou a descida! Equipamento muito bom mesmo.
     A primeira parte do passeio é em asfalto, para você acostumar com a bike e tudo mais, e é uma das partes que mais gostei. Você pode pegar MUITA velocidade no asfalto, e eles te ensinam como se posicionar para isso, e é adrenalina pura! E na parte do asfalto há trânsito, eu até ultrapassei um caminhão haha!
     Depois paramos em um túnel, onde esperamos todos e começamos a parte de terra, por um caminho ao lado da estrada, e que é onde você tem um gostinho do que vai enfrentar até o fim do passeio.
     Sem mais, é deslumbrante a paisagens, você passa debaixo de algumas cachoeiras, adrenalina pura, visão perfeita, emoção, até os lanchinhos que eles dão são bons, e no final um almoço buffet com piscina por algumas horas para descansar!
     Se for em La Paz, tem que fazer o Downhill da morte.

Uma das paradinhas pra descansar

Tirei a sorte grande no grupo, só brasileiros gente boa!

A go pro pegou o final do tombo do cara, e não machucou nada!

Primeira parada pro lanchinho!