01/03 Salar (Farewell jukina, farewell)

    Hoje seria um dia de extremos.Primeiro porque acordei as 5 e meia sozinho, e descubro que o nascer do sol eh tao bonito quanto o por do sol, se nao for melhor.
   Andei durante uma hora (se eu soubesse o que me aguardava, eu nao teria usado minhas pernas) procurando meu pau da gopro em tudo quanto eh canto, mas nao tive sorte. Mas vi o sol nascer, as lhamas sairem do cercado, e voltei em tempo de tomar mais um exelente cafe, que pra variar, nao tinha proteinas. Eu soh dei muita sorte, de ter comido muito, pois dali pra frente seria barra pesada.
    O guia fala que iremos fazer um trekking ao rumo do vulcao, subindo por umas 2 horas, vendo algumas mumias no caminho e descermos meio dia, almocar, e estar em uyuni de volta por volta da 2. As 2 da tarde, nem chegado ao hotel ainda eu teria.
    Comecamos a subida, eu confiante achando que ia ser tranquilo, visto que faco exercicios e nao tenho problemas de altura (e tinha 2 sacolas de folha de coca na pochete). Uma hora de caminhada chegamos ao mirante, e soh ai eu me toco que tudo que eu vejo atras de mim eh o salar. Segurei pra nao chorar mesmo, e fiquei paralizado uns 5 minutos antes de pedir alguem pra tirar foto minha, visto que eu nao tinha mais o pau de selfie.

Esse cao menor eh meu amigo , guia e protetor.Jah explico o porque.

    Continuamos a subida, e eu fiquei meio assustado ao ver que geral tava la emcima, eu e a australiana pra tras sem conseguir acompanhar, ate que perdemos eles de vista. Ai que entra o cao guia. Ele foi na frente mostrando exatamente o caminho. Agente para a para descansar, ele deitava embaixo da minha perna. Agente levantava, ele ia mostrar o caminho. 
     Alcancamos o grupo na entrada da caverna, onde havia um casal de mumia e 2 mumias bebes, uma visao bem chocante. Nao havia protecao nenhuma, voce podia tocar neles, chegar perto e tal. Achei muito interessante. 
Ai a mumia pai.
   
    O pessoal estava parado porque patricia, a peruana, estava muito mal de estomago. Ai que entrou o milagre da coca: dei um bom bocado de folhas para ela, e 5 minutos depois ela foi a mais animada.
    Andamos por mais 2 horas, e toda vez que eu desanimava, era soh olhar para tras. Parecia que estava no ceu, com o salar ate o fim do horizonte. Eh deslumbrante.
  

   Andamos maaais ainda (eu e a australiana para tras denovo) ate que encontrei o casal de peruanos sentados em umas pedras. Eles disseramo que estavamo cansados e iriam voltar, e a australiana tambem. Eu decidi seguir mais, e alcancar patricia e o casal de alemaes (eu nao estava vendo mais eles).
    E assim o fiz. Andei sozinho por uns 40 minutos, quando avistei patricia. Ela me esperou e logo que encontrei com ela, ela me disse que perdeu o casal alemao de vista, e que deviamos ir atras. E assim o fizemos.
     Foi a visao mais bonita que tive do salar e do vulcao, mas tive que dizer adeus a um amigo. A subida era muito tensa, sobre cascalhos, e devo ter caido algumas vezes. Em uma dessas caidas, jukinha nao conseguiu se segurar, e se perdeu no vulcao do salar. Nao havia melhor lugar para se perder, e a paisagem que o cerca ira certamente fazer com que se sinta bem. Farewell jukinha, farewell.


    Eu e patricia andamos o que parecia ser uma hora, ate que nao avistando o casal, decidimos voltar. Quem acha que subir eh dificil, eh porque nunca desceu. A vista era inexplicavel, mas triste. A cidade estava incrivelmente distante e miuda, o que dava um certo desespero, visto que minha perna e meu joelho estavam pulsando de dor.
      Sokei o resto da ultima sacola de folha de coca na boca, e parti para a descida.
Ultima foto de jukinha. Como se fosse uma musica de despedida.


Quando decidimos voltar, a cidade nem era visivel. Mas mesmo assim, visao incrivel.

     Voltamos preocupados com o tempo, sem parar, cai 2 vezes e patricia umas 4, nos perdemos, e dessa vez nao tinha cao para nos guiar. Tivemos q pular muros, dar a volta em vales, passar por plantacoes, mas no fim, quando chegamos ao mirante, o guia estava esperando la com o carro.
      Ao chegar no hostel vimos que era mais de 2h, e estavam todos lah (inclusive o casal de alemaes, que deve ter voltado por outro caminho) e que todos os outros grupos jah tinha ido embora. E o nosso nem almocado tinha, pois tinha que esperar agente chegar. Soh nao achei ruim, porque patricia falou que foi bom eu ter encontrado ela para ela nao voltar sozinha, e que ela que quis ir atras dos alemaes.
     Enfim, comemos, eu estava com muita dor nas pernas, mas estranhamente aliviado e feliz, mesmo com a despedida de jukinha.
     Descobrimos que subimos o morro por 4 horas, e descemos em 2. Foi um baita trekking, com visao exepcinal, mumias, dificuldades e perigos. Um trekking completo. E no salar. Com um vulcao atras.
      Almocamos e voltamos para uyuni, e nao era nem 4 da tarde quando chegamos na cidade ainda.
     Logo de cara eu jah comprei minha passagem de 14 horas para la paz, e descubri que krestel iria fazer o mesmo caminho, entao compramos para ir junto.
     Ficamos ate as 8 horas rodando pela cidade, na qual eu tive que pagar 15 bolivianos para tomar um banho e tirar o sal do corpo, e botar a mesma roupa, porque eu havia entregado a mochila na rodoviaria jah.
     Comemos em um bom restaurante de uyuni, que havia wifi e o sanduba era bom. Tudo bem que nao era barato, nas nao sei se voce leu direito, tinha wifi.
     Deu 8 horas e entramos no onibus. Eu estava de regata e jaqueta, e com a certeza do frio que passaria na viagem. O onibus (2 andares) era cama, extremamente confortavel, porem a temperatura nao era legal. Mesmo de regata, estava suando. Eles botam pra quebrar no aquecedor. Enfim, durmi quase a viagem toda, pois havia carregado meu ipod no restaurante, e estava com o corpo fudido do trekking.
     Foi um bom dia, e espero que a viagem seja boa.
      La paz, ai vou eu.




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