Jungle Trek Day 1

     Antes de mais nada, para quem não sabe, a jungle trek é um trekking de 4 dias e 3 noites que sai de Cuzco e vai até Machu Pichu. No primeiro dia, tem downhill de bicicleta e rafting, no 2 dia umas 8 horas de caminhada, sendo que 3 horas são na trilha inca original, no 3 dia são 5 tirolesas e uma ponte suspensa, além de 3 horas de caminhada rumo a Águas Calientes e no quarto dia Machu Pichu, com passagem de trem para voltar as 18:30 ou 21:00.  

     Acordei as 7 horas bem animado, afinal, o que eu mais espero da viagem é Machu Pichu!
     Pela primeira vez em todos os tours que fiz, eu não paguei o mais barato. Decidi pagar um com a agência mais famosa, e ver se realmente vale a pena. Adiantando, não vale. Eu devo ter uma aura de azar com relação a agências que escolho, porque sempre os outros grupos tem melhor comida e melhor equipamento. Mas foi bem divertido assim mesmo.
     Começando pela agência que 'buscou' agente na porta do hostel... apé. Tivemos que andar uns 10 minutos na chuva e fica esperando na praça até o ônibus da agência aparecer. Mas já deu pra conhecer Erick, um sueco que estava indo também do meu hostel.
     Antes do bus chegar, um outro participante apareceu: Justin, um americano que mora em uma cidade que tem 700 habitantes, e é exatamente o esteriótipo de cara do campo americano que eu imaginava, a começar pelo sotaque, e por um fato que iria aparecer no decorrer da viagem também, relacionado a gases intestinais.
     Andamos por algumas poucas horas até nossa primeira parada, onde iria começar a primeira aventura da viagem: o downhill de bicicleta. Não tinham capacete com encaixe da gopro, como a agência falou que teria, e todos os equipamentos eram do mesmo tamanho... ou seja, fiquei baby look, com a cotoveleira lá no meu ombro e minha joelheira na coxa, isso sem falar do capacete que tampava 5% da minha cabeça, mas ta valendo.
     Resumindo, o donwhill é bem podrinho. Não sei se é porque eu fiz o de La Paz e estava esperando algo a altura... mas também pode ser porque você não pode correr, não pode ultrapassar ninguém, o guia vai na frente bem devagar, as bicicletas eram horríveis, literalmente todas quebraram menos a minha (porque eu não passei marcha nenhuma vez), e toda hora você passava em uns córregos no meio da estrada que molhava tudo, e a paisagem não era la grande coisa, mas ta valendo. Há, e no final, quando fui tirar o equipamento, tirei a bota e fiz o favor de pisar em uma merda de cachorro grande mole e quente, e nesse momento que me toquei que eu tinha trago apenas um par de meia para 4 dias de trekking.... UM PAR DE MEIA PARA 4 DIAS ANDANDO NA MATA, E AINDA PISO NA MERDA COM A MEIA NO PRIMEIRO DIA. Mas ta valendo.
     Voltamos pro busão e andamos mais uma hora e pouco até nosso restaurante em uma cidade vizinha, onde iríamos dormir. Como de costume em todas as minhas tours, eu sempre fico no grupo fudido. Todo mundo foi pra outros restaurantes e outros hostels, o nosso ficou num restaurante na entrada da cidade e foi pra um hostel sem água quente. Apesar de que a comida foi boa e a cama era legal, então ta valendo.
     Eu tinha decidido que não iria fazer o rafting, mas chegando lá descobri que eu era o único que não ia fazer, então acabei que decidi fazer, afinal o rio estava na dificuldade 5 (eu pensava que era de 1 a 10 a escala de força do rio).
     Deu vontade de sair correndo quando vi o rio. O rafting de Arequipa foram 3 botes e 1 caiaque de segurança... esse eram dois caiaques de segurança por cada bote, sendo que um deles tinha um cilindro de mergulho extra, o que me assustou um pouco. O rio da medo só de olhar. Mas eu já estava lá então fazer o que... Foi a experiência mais intensa que tive depois do Huayana Potosi com certeza. É muito assustador o rio, mas ninguém caiu, e não tem pedras no rio, o que me deixou muito tranquilo, porque afinal de contas eu sei nadar e tava com um colete de ate 120kg em mim. Só uma hora que o guia jogo todo mundo na água lá que deu um pouco de susto, porque o rio estava meio tenso na hora também, e a água estava mais pra gelo do que pra água, mas foi muito divertido. Valeu muito, mas muito a pena eu ter feito esse rafting. E depois descobri que a escala do rafting não é de 1 a 10... é de 1 a 5. Isso explicas as ondas que eram 3 vezes maior que o bote, e que fazia parecer que agente estava andando de montanha russa.
     Depois do rafting, voltamos ao hostel onde teríamos o resto da tarde e anoite atoa, saindo apenas para o jantar. Por algum motivo, havia uma corda no meio do pátio do hostel em formato de forca, e uma área pra sentar cheio de banana de graça, que agente comeu em meia hora, depois fomos jantar ali perto mesmo com o guia (que tinha sumido desde que pegamos o ônibus, e só apareceu depois da bike e do rafting) e quando voltamos tivemos que esperar uns 30 minutos pro dono do hostel aparecer pra destrancar a porta, porque ele tranco agente de fora (só tinha agente no hostel).
     Até o momento o nosso grupo era eu, Erick um sueco, Luke e Charlie, chineses que moravam no Canadá desde os 6 anos de idade, Tai, um vietnamita que também morava no Canadá e Justin, o americano roceiro. A noite agente ficou jogando uns jogos viajados de baralho e rindo muito, e foi muito divertido, além de que acabamos por quebrar o gelo e conhecer melhor o grupo.
     Enfim, bike, rafting, games, restaurantes suspeitos, cordas de forca, e grupo bem animado. Foi bem foda o primeiro dia!
Eu, os 'Canasians' e o justin de vermelho

/
?????

Jantar no restaurante depois do rafting

   

Nenhum comentário:

Postar um comentário